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Economia, política e Estado

Hoje decidimos fazer uma reflexão sobre o panorama político atual. O período de eleições é sempre uma euforia, uma efervescência, mas, por outro lado, também começa o período de escândalos, críticas, disputas, dentre várias coisas que chegam a irritar e decepcionar o eleitor. Ainda assim, a política é um instrumento importante para que todos nós possamos viver em harmonia.

O mecanismo político foi uma das maneiras que o homem encontrou para coexistir e chegar a acordos, apesar de todas as diferenças e divergências. Muita gente fala que a política não passa de um reduto de disputas por poder. Bem, considerando minha pouca experiência política, realmente é o que dá a entender.

Por isso, muitas discussões “acaloradas” ocorrem, daí vem uma questão: será que a estrutura política que temos no país é a melhor? Infelizmente, não temos resposta para esta pergunta, mas queremos trazer alguma contribuição para refletirmos sobre esse ponto.

Mesmo sabendo que cada um de nós “faz política” diariamente (ao defender um ponto de vista, ao fazer acordos, etc.), numa escala maior, o responsável pela execução da política é o Estado, guiado pelo governo (rapidamente: o Estado é uma criação do homem, geralmente fundado em uma constituição; o governo é quem guia ou controla o Estado).

A relevância deste tema para nós é que o governo é um dos maiores e mais importantes agentes econômicos. O governo, muitas vezes, é responsável por fornecer bens e serviços básicos, como: justiça, educação, saúde, segurança, indústrias de base, etc. Mas é aí que começam as discussões: será mesmo que o governo faz isso da melhor maneira possível?

Vamos pensar um pouco: enquanto cada um de nós, em nosso dia-a-dia, estamos cuidando de nossa casa, nossos filhos, nosso trabalho, etc., outras pessoas cuidam de outras coisas. Bem, tentando ser mais específico: enquanto eu, por exemplo, estudo economia para contribuir com que pessoas e empresas usem seus recursos escassos da melhor maneira possível, outra pessoa está estudando engenharia para construir melhores casas para todos nós, outro está estudando medicina para que possamos viver bem, outro biologia, outro artes, e assim vai. Ou seja, cada um dos sete bilhões de pessoas que vivem na terra busca fazer algo que, no fim, impacta a vida de todos nós. E o governo? Bem, aí que tá. O governo cuida de questões numa escala maior. Ok, e as empresas? Aí sim, a discussão ganha uma “cara” mais econômica.

Quando se trata das discussões entre economia e política, muito se questiona se o Estado realmente tem que fazer tudo o que realmente faz. Esses questionamentos costumam vir de uma linha de pensamento econômico mais liberal. Mas há os que defendam uma linha de pensamento mais keynesiana que prega que o Estado tem que preencher lacunas da iniciativa privada. E, finalmente, há uma linha mais marxista que defende que o Estado deve prover todas as nossas necessidades. Esse debate é longo e muitas variáveis devem ser levadas em consideração. Confuso? Vou tentar deixar mais claro.

Pegue o exemplo que dei logo acima: cada um de nós “cuida” de uma coisa diferente para atender todas as nossas necessidades. Se todos nós fizéssemos a mesma coisa, quem iria plantar? Quem iria fabricar os carros? Quem iria fornecer energia elétrica? Seria impossível. Essa divisão é uma das coisas mais importantes em economia. Chama-se “divisão social do trabalho”.

Bem, possivelmente, o Estado poderia fornecer todas essas coisas? Teoricamente sim. Lembre-se do que falei: o Estado é uma criação do homem, geralmente fundado em uma constituição. Por exemplo, o Estado Brasileiro (ou a República Federativa do Brasil, ou simplesmente Brasil, para os mais “chegados”) é um país e ele nasceu com a primeira constituição, em 1824. Ela fundou o Brasil e definiu como seria o funcionamento das coisas por aqui.

Atualmente, o Brasil funciona de acordo com a Constituição que foi escrita em 1988 (você pode consultar aqui). Dado este exemplo, lembra que eu disse que o Estado é guiado por um governo? Pois é. O governo é um conjunto de pessoas que foi escolhida por nós para dar conta de fazer com que o Estado funcione de acordo com a Constituição.

O grande problema é que muitas vezes as pessoas não estão interessadas em fazer o que manda a Constituição e acabam defendendo seus próprios interesses (os escândalos estão aí para mostrar isso, não preciso citar um por um). Neste cenário, os desafios são: encontrar a melhor maneira de organizar o Estado e definir uma boa maneira de que governo guie o Estado.

A discussão entre “o Estado provedor de tudo” ou “Estado mínimo” continua sendo válida e pertinente, pois nos parece que ainda não chegamos a um bom modelo. Se muitos ainda não conseguem tomar a decisão sobre que profissão escolher, quem dirá sobre como o país deve se organizar.

Eu, particularmente, acredito que o Estado é uma maneira eficiente de fazer com que as pessoas vivam bem em conjunto, em sociedade. Quanto ao governo, acredito que ainda temos muito o que melhorar. Se ainda existem problemas graves, certamente ainda temos muito o que melhorar. E, provavelmente, a proposta de uma reforma política passa por este caminho de melhora.

Para saber mais:
http://bit.ly/W7D7MW
http://bit.ly/1IDCwGX
http://bit.ly/1qfHD8h

Créditos da imagem – http://bit.ly/1f5LTV5

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