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COPOM: Começa 2ª etapa da reunião; mercado prevê manutenção da Selic

Por Nestor Rabello (Agência CMA)*

Começou, às 16h51, a segunda etapa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, na qual será definido o patamar da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano, que vai vigorar até 20 de julho. O mercado aposta em manutenção da Selic, aponta a pesquisa Termômetro CMA, que reúne previsões para os principais indicadores do País. Todas as 23 instituições consultadas apostam em manutenção da taxa.

Para o economista do Austin Ratings, Alex Agostini, ainda não há sinais na economia que justifiquem uma trajetória de queda do atual patamar da taxa Selic, uma vez que a alta dos preços continua resistente. “Nossa expectativa é de estabilidade… Os sinais de inflação ainda não estão cedendo, até subiram um pouco nas últimas semanas”, afirmou.

O Banco Central, segundo a maioria dos especialistas entrevistados, só deve iniciar uma flexibilização do aperto monetário a partir da próxima reunião e diante das expectativas da inflação para os próximos dois anos. A reunião de hoje é a última com Alexandre Tombini no comando da autoridade monetária.

Para Flávio Serrano, economista do banco Haitong, o Banco Central deve manter a taxa de juros no nível atual. “Nesse momento não tem discussão (sobre mudança de juros)”, pontua. Ele aposta numa eventual queda dos juros básicos da economia, no máximo, até agosto.

No entanto, o economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, André Galhardo, a inflação continua persistente e as expectativas do mercado de eventual queda ou subida de juros poderão ser frustradas no futuro, uma vez que o Banco Central terá de escolher qual mensagem passar para o mercado. “O Banco Central tem pouca opção para controlar a inflação”, pontua.

Segundo ele, o comportamento da inflação nos últimos meses “praticamente solapa” a possibilidade de fechar o ano dentro da meta de inflação. “Se baixar os juros pode causar desalinhamento dos preços ainda maior; se subir mostra que estamos, sim, num ambiente de dominação monetária”, alertou, apontado para as incertezas acerca da política de juros do BC.

Na última reunião, o Copom decidiu manter a taxa de juros no patamar de 14,25% aa, em decisão unânime.

*Obs.: matéria originalmente publicada em 08 de junho de 2016, pela agência CMA <http://www.agenciacma.com.br/>, especializada no mercado financeiro brasileiro e internacional e focada na produção de reportagens em tempo real sobre os temas que movimentam a economia nacional, os preços das ações, as cotações do câmbio e as taxas de juros.

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