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Compulsório e crédito – de onde vem, para onde vão?

Após recebermos várias notícias relacionadas ao fraco crescimento do PIB, o Banco Central resolveu reagir e disponibilizar 25 bilhões para reanimar a economia. Sabe de onde vem esse dinheiro? Da sua conta!

Mas calma, não se desespere, eu explico: além das operações comerciais, direcionadas aos clientes, os bancos devem prestar contas ao Banco Central (Bacen), que é o regulador de todos eles.

Dentre várias regras a serem seguidas, o Bacen estipula que uma parte de todos os depósitos realizados pelos seus clientes permaneçam nos cofres dos bancos, por questões de segurança. Isso é o compulsório. Assim, se todos os clientes resolvessem correr aos bancos e sacar tudo de suas contas não seria possível (mas fiquem tranquilos, pois a probabilidade disso acontecer é menor do que a de um asteroide cair no palácio do planalto).

Então tá, mas o que é feito com esse dinheiro? É através dessa base financeira que os bancos disponibilizam pra você, cliente, as linhas de crédito. O empréstimo que hoje em dia você pode pedir até pela máquina eletrônica, sabe? Então, ele vem da base de todos os depósitos bancários, depois de reservados os compulsórios exigidos pelo Bacen.

As taxas de juros são calculadas de acordo com os índices de inadimplência e o montante de compulsórios que cada banco tem. Quanto maior a base, maior a segurança. Então você me pergunta se os bancos usam todo esse dinheiro e eu te digo, não, não usam. Aí entra uma outra regulação do Bacen. É ele que estipula qual o montante a ser utilizado pelos bancos periodicamente, para que a coisa não saia do controle e o objetivo inicial (estabilidade monetária) seja alcançado.

Pois bem, agora entendemos que quando o Bacen diz que vai disponibilizar 25 Bilhões de reais para reanimar a economia, significa que ele permitirá que os bancos coloquem em circulação este valor para aumentar a circulação de dinheiro no mercado. Mais dinheiro no mercado gera mais consumo, que gera mais produção, que gera mais riquezas, que geram mais depósitos bancários e assim sucessivamente. Claro que isso é só uma hipótese que o banco central utiliza para fomentar a economia. Se deu certo na última década, pode ser que dê certo nessa também.

Para saber mais

Estadão – http://bit.ly/1Ijz0Bf
Valor Econômico – http://bit.ly/1OPlgjq
Compulsórios – http://bit.ly/1DsJGia

Créditos da imagem – http://bit.ly/1IWKDBK

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