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Os riscos de uma concentração bancária

Esta semana o Valor Econômico divulgou uma notícia sobre o aumento do nível de concentração bancária. Este é um indicador do Bacen que leva em conta a participação dos bancos como agentes de empréstimo a pessoas físicas e empresas.

Os dados mostram que a cada 100 reais que são tomados por empréstimos em nossa economia, mais de 75 são originários do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú.

Os quatro maiores bancos do Brasil.

De fato, é alta a concentração bancária e isto é um forte sinal de dominância de mercado. O interessante é pensar que o mesmo órgão que dá o alerta, foi o órgão que validou a enxurrada de fusões e aquisições bancárias desde o início da década de 1990.

O monopólio é um caminho natural em qualquer modo de produção regido pelo capital. E no setor bancário não seria diferente. Assim sendo, esse alerta emitido pelo Bacen fica mais como um “auto-puxão de orelha”. Fazendo uma analogia com os dados apresentados, significa que 75% do aporte liberado pelo governo para circulação na economia está sujeito à aprovação destes quatro bancos.

Há alguns meses falamos aqui sobre um aporte de R$ 25 bilhões que o Bacen liberou para que os bancos atuassem como emprestadores. A ideia era tentar reanimar a economia por meio do consumo. Os indicadores da economia mostram que não deu certo. E a razão disso? Bem, 75% da respostas nós já temos.

Para saber mais – http://bit.ly/1NHDIMu

Créditos da Imagem – http://bit.ly/1KqZWQL

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